NOITES INSÓLITAS
A lua que te espia te condena
Ao ócio que te mata que te pena
A alma que não voa aprisionada
Ao corpo que acompanha a madrugada
No escuro do teu quarto um gemido
De um sonho que despenca falecido
A porta que não abre ao sol ausente
De um brilho que se apagou de repente
As grades da janela a parede
O teto que desaba a sua sede
A noite aqui presente te ignora
Sepulta e esquece quem te chora
Ao lamento da ausência foi rompido
O abraço que tinha te esquecido
A lua que te espia te condena
Ao ócio que te mata que te pena.