toca o bongô o homenzinho quadrado
TÁ TUM TÁ TUM TÁ TUM TUM TÁ
gradativamente tomando a forma rosada de uma azeitona
TÁ TUM TÁ TUM TÁ TUM TUM TÁ
e sai quicando a esmo pulando solto pelo espaço
TÁ TUM TÁ TUM TÁ TUM TUM TÁ
tomando impulso na barriga do gato deitado o homenzinho sobe
alçando vôo até o telhado
onde as telhas são brilhantes e bonitas
lá embaixo copulam os ratos
CRIIIIIIIIIIIII CRIIIIIIIIIIIIII CRIIIIIIIIIIIIIIIII
o homenzarrão banqueiro com um palito de dentes na mão vem surgindo de trás das montanhas como se fosse um monstro mal acabado de um episodio de Spectreman
- A HÁ! Como são lindas essas pequenas azeitonas – ele diz tentando dar o bote
esquecendo à mostra
imensa carteira recheado com três mil dinheiros inteiros
e o homem bongô sutilmente escorrega pelo colarinho semi-divino
apanhando a bem querência ignorada
TÁ TUM TÁ TUM TÁ TUM TUM TÁ
quica outra vez por sobre as telhas
deixando o homenzarrão com bocarra imensa exibida
um tanto menos rico
e agora um tanto menos pobre
volta nosso pequeno herói
ao velho mundo de antes onde Dr. Gori ainda é Deus...