sábado, 20 de março de 2010

O NASCIMENTO DO POEMA NO MOMENTO EXATO DE UMA REFEIÇÃO

ambidestra mente que mastiga língua
saliva boca feito sopa
transmutando idéias ao brindar de sisos
ácido suco dilacera pleura
e a cabeça cheia de poemas desafina ouvido
resvalando vento da mastigação
gengiva digere metonimaxilares
minúsculos ossinhos de nomes enciclopédicos
o telefone toca mas você não escuta
afinal de contas tem a orelha colada na barriga do gato
como se motorizada fosse a mente ambidestra
como se motorizada fosse a digestão de idéias...