quinta-feira, 29 de julho de 2010

O CANTO REVISITADO

O MANIFESTO DE UMA OVELHA ANARQUISTA

Não nasci para ser ovelha de rebanho
Sou ovelha negra
Desgarrada
Na contramão da estrada

Não estou no pasto
Estou no alto da montanha
Não como capim
Não como grama
Tomo chá de lírio

O algodão é meu
Ninguém tira
Ninguém vende
Ninguém põem a mão
Faço dele o que bem entender

Não nasci para seguir
Para ser igual
Não sou clone
Não sou Dolly
Sou o que penso
E o que penso é tudo o que me pertence

Vocês têm o direito de seguir o pastor
Por quantos caminhos quiserem
Assim como eu tenho o direito
De seguir o meu próprio juízo
Ainda que eu não tenha juízo algum

Portanto não me encham o saco
Nem me apontem o dedo
E se não for pedir demais
Não pastem as flores todas do caminho.