A FAMA.
MIZ MAGNETIC AND HER SUGAR SPUN SISTERS não demorou até alcançar a marca de nove algarismos de cópias vendidas. O álbum em sua essência era um trabalho de Magnetic, nove das onze músicas eram suas. Ela chegara a criticar a sonoridade rápida que a banda dava para as suas composições, geralmente escritas para serem cantadas de forma mais calma, mas as vendas do álbum provaram que elas estavam no caminho certo. Magnetic e sua banda estavam no centro de universo.
Embora as coisas tivessem melhorado bastante e rios de dígitos financeiros fossem depositados todos os dias na conta da SATURN RECORDS, Max Vax começara a temer que a influência excessiva de Vera sobre as integrantes, principalmente sobre Eva Trama, Joss Rocks e Troper Tracy, cujos direitos lhe pertenciam, pudesse ser nociva para o seu controle sobre o grupo, encorajada por Max a compor cada vez mais, Trama aparecia todos os dias com novas idéias que não eram recebidas com muito entusiasmo por Vera, era de Magnetic a prioridade nas composições e nas idéias musicais do grupo, somado a isso, em abril de 106 Vera comprara a parte da VOXX que pertencia a Max e voltara sua sede para Lucrecia, o disco solo de Magnetic, gravado três anos antes havia sido relançado e suas vendas estavam tão altas que terminada a excursão com as SUGAR SPUN SISTERS, Magnetic logo embarcou numa viagem solo por diversos lugares onde os ingressos se esgotavam em questão de segundos.
Na ausência de Magnetic, Eva Trama e Troper Tracy ameaçavam deixar a banda se não lhes fosse dado maior espaço nos rumos musicais do grupo, as duas tinham recebido convites recentes para um projeto paralelo com seus antigos companheiros dos FEIKEES que agora tocavam em Stroikova, Max não deu muita atenção para a reivindicação das meninas e não demorou muito para que Vera ficasse sabendo, por intermédio de Trama, sobre as ilegalidades na contratação de Jaw Rocks. Era o auge da fama para a banda e o começo de problemas internos mais sérios. A tour de Magnetic com uma banda de apoio arranjada por Max Vax serviu para constatar que embora sua voz e suas composições não tivessem concorrentes à altura, as músicas não demonstravam o mesmo brilho quando tocadas em companhia das SUGAR SPUN SISTERS, apesar da vendagem do seu álbum solo ter chegado à casa dos oito dígitos ainda assim ficavam bem aquém dos números alcançados em companhia de Trama, Tracy e Rocks. Eva Trama sabia disso e também sabia que um contrato definitivo teria que ser assinado antes que todas entrassem em estúdio novamente. Era junho de 106 e o relacionamento de Vera e Max declinava a cada dia. Enquanto isso, Eva Trama fazia mais e mais exigências, a principal delas era a entrada de uma segunda guitarra, enquanto Magnetic viajava com sua banda de apoio, Eva se transformara na única confidente de Vera, contando-lhe detalhes sobre Max Vax e sua tentativa de fazer a cabeça do trio contra ela. Não foi difícil convencer Vera de que a banda precisava realmente de uma quinta integrante, alguém que potencializasse o som das guitarras na banda, na visão de Eva era isso o que tinha faltado no primeiro álbum, já fazia um ano desde o seu lançamento e só cresciam as cobranças e especulações acerca de um segundo lançamento. Quando retornou de sua tournê solo no início de outubro daquele ano, Miz Magnetic logo notou a proximidade de Eva Trama e Vera Starkey, as duas viviam juntas e conversavam durante horas acerca do som e da publicidade do grupo, com a aproximação de Trama e Vera, restara para Max Vax o apoio de Jaw Rocks e Troper Tracy, Tracy logo pulou fora, aconselhada por Trama, que entre outras coisas, tentava enfraquecer a influência de Max nos negócios da SATURN e principalmente abalar a relação de Magnetic e Vera.