Elas estavam em todas as partes, espalhadas pelas ruas, encostadas em postes, enfileiradas em praças públicas, debaixo de bancos e bancas – AS CESTAS DE LIXO – mas essa estória não é sobre elas é sobre os homens que viviam entorno delas, o lugarejo em que viviam, A Cidade dos Homens Sensatos. Antes qualquer coisa é necessário voltarmos um pouco no tempo e deixarmos que nossas mentes vagueiem pelo distante e empoeirado ano de 1888.........................................
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(todos de volta?)
Mas então, eu nem queria entrar muito em detalhes sobre a cidade dos homens sensatos, porque a cidade dos homens sensatos é no fim das contas uma cidade bastante chata, sem muitas novidades, não há vizinhos novos nem estranhos, todos os dias são bem parecidos e a chuva parece feita de um vidro plastificado que eu não conseguiria descrever agora. Mas não pensem que a cidade é chata porque seus habitantes carreguem consigo o mais alto teor de contaminação pelo vírus da sensatez, a cidade é chata por um desses deslizes do destino, simplesmente uma grandessíssima coincidência.
O que importa mesmo é que houve um dia, prestem bem atenção: HOUVE UM DIA em que todos, eu disse: TODOS os moradores dessa pequena cidadezinha distante pularam de cabeça nas centenas de lixeiras que acolhiam e escondiam todo o lixo da cidade.
E foi um grande alvoroço, principalmente lá pelo meio-dia, quando todos estavam nas ruas – teve fila pra entrar. Alguns mais afoitos, davam saltos de cabeça e chocavam-se umas nas outras, muita gente morreu nesse dia, pessoas eram vistas com os rostos cobertos de sangue, vagando e chorando pelas ruas, chamando por entes mortos ou desaparecidos, teve ajuda da Cruz Vermelha e da CHINA.
No dia 27 de dezembro de 1987 um secretário ou porta-voz ou jornalista. Alguém apareceu na televisão para anunciar que o aparente descontrole que tomou conta da população durante a realização das olimpíadas escolares estava sob controle educacional do exército.
Controle educacional? Vocês engoliram essa estória? Justificando, agora que acabou a estória, na verdade não há muito entretenimento aqui, eu só gostaria de pedir para que colocassem mais lixeiras em XANGAI.
