- Entre, Lúdio – ela disse assim que o viu plantado ao pé da porta.
Entrou meio a contragosto, mas entrou. Emburrado, ficou parado em um canto, olhando toda aquele bagunça.
Ela não entendeu direito e afinal de contas nem deu lá muita importância, embora houvesse alguma coisa muito importante acontecendo, ao menos para Lúdio, pois seu nome não era esse. E pior, a coisa que Lúdio mais odiava no mundo era quando alguém errava o seu nome.
Depois de cerca de trinta minutos de silêncio, Porta parou a sua frente perguntando – Tem alguma coisa de errado, Lúdio? – Você errou o meu nome – ele disse – Meu nome não é Lúdio, meu nome é Linha – e mostrando uma língua esverdeada horrível, saiu pulando, meio endiabrado pela sala.